Adoecimento mental e docentes: o custo psíquico da feminização do trabalho no magistério da educação básica no Brasil

Autores/as

  • Marcia Neves
  • Samia Moda Cirino

DOI:

https://doi.org/10.5433/SGPP.2018v5.p433

Palabras clave:

divisão sexual do trabalho, magistério, saúde mental

Resumen

Este artigo objetiva verificar as interações entre gênero, magistério e adoecimento mental. De modo específico, o artigo objetiva expor por meio da análise histórica e de indicadores sociais a feminização do trabalho no magistério da educação básica no Brasil e desvelar a divisão sexual do trabalho que sustenta a hierarquização e precarização nessa atividade ocupacional. Ainda, analisa-se de que modo a opressão e exploração das mulheres nas suas atividades produtivas e reprodutivas, especialmente ocupações laborais feminilizadas como o magistério na educação básica, indicam maiores fatores de risco para o adoecimento mental. Trata-se de pesquisa que se utilizou de instrumentos qualitativos, exploratórios e bibliográficos. A abordagem das interações das categorias de análise requer uma perspectiva feminista, uma vez que essa teoria assume uma postura crítica acerca das relações de gênero. Sob esse prisma, o gênero é adotado como categoria de descrição e análise das interações sociais, as quais estão fundamentadas na diferença sexual que, por sua vez, é significada pelas relações de poder no nosso contexto sócio-histórico dando ensejo à divisão sexual do trabalho. O conjunto das análises permite afirmar que a predominância de mulheres no magistério da educação básica acaba por representar uma extensão do papel tradicional de gênero vinculado às mulheres profissionais de educação.

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Publicado

2021-01-18

Número

Sección

Anais do V Simpósio Gênero e Políticas Públicas