Raça e gênero no debate público sobre imigração na Itália

Autores

  • Fernanda Di Flora Garcia
  • João Carlos Soares Zuin

DOI:

https://doi.org/10.5433/SGPP.2018v5.p1361

Palavras-chave:

mulheres migrantes, racismo, sexismo

Resumo

O debate público sobre a imigração na Itália tem sido marcado, desde a década de 1990, pela vinculação entre o racismo popular e o racismo institucional, assim como por expressões de sexismo e racismo de classe. As vozes que destoam do paradigma securitário em curso tem sido alvo constante de ataques tanto de movimentos sociais, quanto de partidos e expoentes políticos, ao passo que o alvo preferencial destes ataques tem sido as mulheres que ocupam cargos políticos proeminentes, como é o caso da Presidente da Câmara dos Deputados, Laura Boldrini, e da ex-Ministra da Integração, Cècile Kyenge. Também as mulheres migrantes, em especial as mulheres árabes e africanas, tem sido alvo de discursos e práticas xenófobas e racistas, articulados com a misoginia e o sexismo. O objetivo deste artigo é analisar, desde uma perspectiva interseccional, o modo pelo qual a posição social da mulher-especialmente da mulher migrante -é condicionada pela interação entre gênero, raça, classe e pertencimento nacional, apontando para a construção dos estereótipos sobre os sujeitos migrantes, isto é, dos corpos considerados perigosos no debate sobre imigração na Itália.

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Publicado

2021-01-18

Edição

Seção

Anais do V Simpósio Gênero e Políticas Públicas